Intolerância

"A intolerância fecha os caminhos da compreensão, ao mesmo tempo que os da sensibilidade, caminhos aos quais só têm acesso as almas que sabem de sua semelhança com as demais." (Carlos Bernardo González Pecotche)

Existe diferenças sutis e claras em todo o ser humano, diferenças essas que já escrevi antes aqui mesmo neste blog, coisas que deixam a vida mais interessante e divertida, pois imagina bem, todos iguais, com os mesmos gostos, pensamentos, visão de futuro, etc. A verdade é que verdadeiramente a nossa existência ficaria sem nenhuma graça e sem gosto.

O problema é que muitos não pensam assim, vários grupos declarados que prega a intolerância racial, social, sexual, religiosa, etc, aparecem todos os dias, manchando a sociedade e pensando que espancar, ferir, ameaçar, entre outras coisas bizarras, é o correto para se ter uma sociedade perfeita.

Sinto-me ferida e envergonhada cada dia que ligo no noticiário e vejo que um grupo desses fez uma vítima inocente, só porque acreditam que essa é a forma acertada para se mudar e melhorar o mundo, sendo que mesmo que estes estivessem errado, o que não é verdade, a melhor forma de se resolver qualquer problema está no diálogo, no debate saudável e amigável e não no punho, na violência.

Cada dia que passa busco entender o porquê de várias coisas tento, entender o ser humano, mas a única coisa que encontro é desilusão, decepção e me envergonho com certas ações. Será que o homem, com toda sua pseudo perfeição ainda tem cura? Fico me perguntando.

Bem depois de um bom tempo sem escreve, eis que retorno para falar de um mal que vem maculando as fronteiras da sociedade a cada dia que aumenta: a intolerância.

Necessidade de se sentir amado

“Passamos a amar não quando achamos uma pessoa perfeita, mas quando aprendemos a enxergar perfeitamente uma pessoa imperfeita.”

Sabe! Sempre me perguntei por que procuramos outras pessoas, por que fazemos planos e muitas das vezes, esses planos sempre vêm incluindo um(a) parceiro(a).

Às vezes se torna notório que temos a excessiva necessidade de nos sentirmos amados. Antes de alcançar a idade que tenho e encarar minha primeira desilusão amorosa, achava isso tudo besteira, e acreditava que essa procura que citei acima era somente o medo de acabar a vida sozinha e sem construir nada, ou seja, perpetuar algo nesse mundo.

Mas sabe, conforme vamos crescendo, sentindo e vivendo, aprendemos que não é só isso, sentimos medo de nos sentir sozinhos e sem alguém para amarmos e nos fazer sentir amados.

Quantas pessoas, ao longo dessa vida, não se deparam com momentos em que a carência e a falta de um amor as fazem parecer atormentada, tristonhas, com mal estar que nunca passa?

Vivemos buscando realizações ao longo de nossas frágeis vidas, mas a principal realização que muitos buscam, alguns se enganam pensando que encontraram, mas somente alguns poucos realmente encontram, é amar e ser amado.

Imaginamos mil e uma coisas, mas sempre esperamos sentir aquele frio na barriga, aquela felicidade inconstante e aquela vontade incontrolável de sorrir por qualquer coisa.

Uma vez li que o “amor é feito com as cores que colorem a vida”, li isso num ponto de ônibus o que é até engraçado, mas confesso que isso não deixa de ser verdade, quando se ama, vemos cor em tudo, achamos tudo lindo e maravilhoso. Tudo bem que às vezes damos de cara com momentos obscuros e tristes, mas são coisas que faz parte da vida de quem quer amar, o negócio é doloroso, mas passa.

Acredito que fomos feitos realmente para amar e que essa necessidade de sentir e desejar amor faz parte de nossas vidas e sempre o fará.

Mas e quando isso se torna tão constante, que nos faz mal?

Tudo na vida tem seus dois lados, da mesma forma que o amor nos faz bem, a falta dele ou a desilusão por não tê-lo ou tê-lo perdido, pode trazer danos graves para a vida da pessoa.

Uma coisa que temos que aprender para caso isso acontecer é aprender que, antes de amar alguém, devemos nos amar e principalmente nos respeitar. Tá bom que talvez tenhamos que quebrar a cara pelo menos uma vez para aprender isso, mas quando aprendemos e principalmente conseguimos praticar, com certeza estaremos mais próximos do que se pode chamar de amor por completo.

Amar não é fácil, precisamos aprender a cada dia como se faz, amor não é egoísmo e muito menos posse, quem ama quer ver feliz, livre e acima de tudo completo. Mas o mais importante, quando encontramos o verdadeiro amor, num primeiro instante pode se parecer assustador, mas que tenhamos a capacidade de vivê-lo plenamente e nos permitindo a cada instante.

Mas cada um tem sua verdade sobre esse mito da “necessidade de se sentir amado”.

Ser Virginiana

Bem, faz muito tempo que não escrevo aqui no blog, mas é que nem sempre se tem algo interessante e esclarecedor para se falar, confesso que o assunto que vou abordar hoje não está ligado ao que costumo normalmente escrever, mas muito me interessa, pois além de ser meu signo, mexe muito com o imaginário das pessoas, que é o entender as personalidades através de estudo de astros.

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“A ti Virgem, peço que empreendas um exame de tudo o que os homens fizeram com Minha Criação.
Terás que observar com perspicácia os caminhos que percorrem, e lembrá-los de seus erros, de modo que através de ti Minha Criação possa ser aperfeiçoada.
Para que assim o faças, Eu te concedo o Dom da Pureza.”

E Virgem retornou ao seu lugar.



Virgem, 6º signo do zodíaco, tido como meticuloso, pragmático e totalmente crítico, mas também dono de uma precisão que somente seu instinto perfeccionista pode explicar, muitos não entende um nativo de virgem por achá-lo distante e frio em excesso.

Sabe, já passei por maus bocados por ser desse signo, as pessoas me julgam por lerem sobre nossa personalidade, já pintam a imagem de uma pessoa totalmente perversa.

A verdade é que infelizmente não entendem o que realmente somos.

Concordo com esse pequeno texto que coloquei acima, somos dotados do dom da pureza, talvez não da pureza em sentido fáceis de enganar, ou nesse quesito, mas na pureza de conseguir decifrar e desmontar as coisas para analisarmos e encontrarmos os porquês das coisas.

Buscamos respostas, verdades, ao fundo por que as coisas são assim ou assado. Acredito que somos os organizadores do tudo.

Sofremos, mas nosso orgulho desmedido, não nos deixa mostrar nossas lágrimas, nosso espírito de luta e força, que na verdade é tão frágil quanto uma rosa, não nos permite deixar cair.

Somos difíceis de se lidar sim, mas também somos bons, amigos, compreensivos, amáveis, basta saber tocar no nosso coração. As vezes nossa forma crítica de ver e agir, não nos permite demonstrar que estamos preocupados, mas não se engane, até mesmo a crítica a sua forma de chorar é um jeito de mostrar que nos preocupamos e que amamos.

Amamos pelo todo, desde os defeitos até as mais imperceptíveis qualidades, sim nos a enxergaremos, fazemos planos e lutamos para vermos a pessoa feliz, muitas vezes deixando em segundo plano até nossa própria felicidade.

Sou virginiana sim! Muitos nunca irão entender o que sou, ou porque ajo de forma X e não Y, mas nunca poderão deixar de concordar que sou muito mais encantadora dentro do meu eu cheio de defeitos do que fria dentro de meus pensamentos críticos.

Tempo

"O tempo é o mais sábio dos conselheiros.”
 (Plutarco)

 

Hoje falarei sobre o tempo. Eu vos pergunto: O que é o tempo para vocês?

Quando pensamos no tempo logo imaginamos várias coisas diferentes, como: O senhor da razão, o ser implacável, o mestre do saber, etc. Muitas dessas coisas retiradas de frases ditas por personalidades em épocas que nem pensávamos existir.

A meu ver, quando penso em tempo, gosto de me fixar nessa frase citada acima, ou seja, como o mais sábio dos conselheiros.

Quem nunca em sua vida fez coisas ou se deparou com situações adversas ou até mesmo estranhas, nas quais com o decorrer da vida aprendeu e percebeu onde errou, ou acertou, ou por que deveria ter agido da forma X e não Y?

Da mesma forma que os ponteiros de um relógio passam apontando a atuação dele, e nos mostra as mudanças tão claras em nossas vidas, aprendemos com nossos atos, porque começamos a analisar tudo e a perceber como deveríamos agir.

Vamos ao claro exemplo: Imagine situações adversas, qualquer uma, que tenham acontecido em algum momento do passado. Agora analise e diga a si próprio como agiria.

Eu sei, devem estar pensando que sou louca e que estou inventando coisas, mas se fizer isso, vai somente começar a utilizar a sapiência do tempo a seu favor e principalmente, seus conselhos para as mais diversas situações.

O que é passado, presente e futuro, senão a personificação mais clara de tempo?

Percebam que quando queremos respostas para as mais diversas perguntas, recorremos ao passado. Quando procuramos conselhos de pessoas mais velhas sobre assuntos, quando analisamos a história, etc.

Tenho ciência que não podemos levar ao pé da letra tudo, que as coisas mudam e que a realidade não é igual ao que ocorreu no passado, mas muitas coisas são e sempre serão semelhantes, muitos assuntos sempre povoarão nossas mentes, muitas perguntas sempre serão refeitas. Essa é a verdade.

A realidade, é que mais que um bem precioso, mais que um professor dedicado, mais que um ser apavorante e cruel o TEMPO e suas lições sempre serão os melhores conselheiros que teremos em nossas vidas.

Explicação!

Bem, vamos lá novamente, infelizmente a falta de argumentos para compor minhas opiniões sobre os variados assuntos, me manteve sem idéias para postar no blog durante quase uma semana, mas hoje estou de volta para falar de um assunto que muito me interessa e que vem a muito sendo esquecido. Come on then!

Família

Hoje vou falar sobre família, não família no sentido pai, mãe e filhos, aquela típica família de comercial de pote de margarina que vemos na TV, mas sim no contesto geral. Deixe-me explicar melhor: Quando digo família aqui, quero dizer no sentido de sua importância dentro da sociedade e na formação dos indivíduos que a compõem.

Vamos analisar a evolução da família dentro do tempo, para não ser tão ampla assim e dar várias vertentes de análise que poderá atrapalhar o raciocínio, vamos nos ater nessa instituição dentro do período dos anos 50 até os dias de hoje.

Quando perguntamos a nossos pais, ou avós sobre como era tal coisa quando eles eram pequenos, sempre nos vem às mesmas respostas: “Na minha época, os filhos não agiam assim, as coisas eram diferentes, tinha que se ter o respeito, etc., etc. e etc.” São sempre as mesmas coisas, as mesmas respostas, coisas que chegam a ser maçantes e previsíveis a certo modo.

Certo, mas vamos encarar que apesar de chato ouvir sempre as mesmas coisas, sempre que se ouve isso, nos vem à imagem na cabeça.

Se pensarmos na instituição família, percebemos que muito se mudou dentro do tempo e uma das principais mudanças que percebemos hoje em dia é que a imagem de família está se desbotando. Parece exagero, mas pare e pense: Quantas vezes na semana, você que está lendo isso tudo que escrevi até agora, já conseguiu reunir a família para um almoço ou jantar?

Parece um exemplo simples, mas na verdade não é muitas pessoas não conseguem conversar dentro de sua própria família, trocar idéias, conselhos, se divertir, rir, coisas que ficam mais fáceis quando se está, por exemplo, num momento íntimo como o de se alimentar.

Pais não sabem o que seus filhos estão fazendo, filhos não conseguem se comunicar ou se interessar pelo que seus pais falam. Membros de uma família quase não se vêem ou quase não se comunicam. A verdade é que a instituição família está totalmente RUÍDA nos atuais tempos.

E qual a conseqüência disso na sociedade? Afinal é disso que se trata o post.

Simples! A resposta vem com outra pergunta: Quantas vezes lemos nos noticiários que filhos, que para os pais eram bons, nunca fariam nada de errado, que para eles estavam no caminho do bem, foram presos, ou mortos, ou são suspeitos de cometerem alguma coisa, cruel, contra a lei ou porque estavam no lugar errado na hora errada?

A verdade é simples, a família é responsável pela construção do ser humano que habita a sociedade, quando esta está ruída, a sociedade sai dos seus eixos e cai na barbárie em que estamos mergulhando hoje.

Eu sei, vários fatores são responsáveis por esse desfecho dessa desestabilização familiar e social, mas a falta de boa vontade, comprometimento e descaso das pessoas com essa instituição é um dos principais fatores para essa decadência geral.

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A imagem de um homossexual

O que passa pela sua cabeça quando se fala a palavra homossexual?

Tenho certeza que diante dessa pergunta, muitas pessoas imaginaram um homem afeminado, escandaloso e promíscuo ou uma mulher masculinizada, vestida que nem um homem e briguenta.

Infelizmente a imagem que vemos de homossexuais é formada por estereótipos criados e alimentados pela sociedade em que vivemos. Não estou dizendo que não existam gays com as características citadas acima, mas da mesma forma que não se pode dizer que toda brasileira sabe sambar e tem bunda grande, não se pode generalizar uma classe achando que todos são iguais.

A sociedade brasileira, tida por muitos de outros países como liberal, é na verdade a sociedade dos estereótipos e das rotulações, ou melhor dizendo, a sociedade do preconceito.

Tudo bem que muitos desses foram criados pelos próprios homossexuais, mas isso não significa que somos iguais, como citei no post sobre preconceito, todos nós somos diferentes e agimos diferente, sejam essas diferenças visíveis ou não a percepção humana.

O fato de sermos encarados como seres promíscuos, pessoas que vão para cama com qualquer um que vive a vida baseada no prazer sexual por exemplo é uma rotulação exagerada visto que, existem heterossexuais que são tão ou mais promíscuos quanto os gays.

Um exemplo disso é a juventude de hoje, quantas garotas já vi comentando que foram na festa tal e beijaram x garotos, que ficaram grávidas antes de ter maturidade o bastante para assumir a responsabilidade de ser mãe ou tem um monte de filhos, ou sendo apontadas pelos rapazes de mesma idade como a “pirainha” do bairro, isso sem contar os garotos que são incentivados a “pegarem” o maior número de meninas que puder.

Isso que citei acima é somente um pequeno exemplo de uma das rotulações impostas a todos os homossexuais, fazem parte da vida de muitos heterossexuais e não são apontadas.

Na verdade, quando falamos em gays, temos que primeiramente pensar que estamos falando de pessoas, pessoas que tem sentimentos, opiniões, aspirações, sonhos etc., como qualquer outra pessoa do mundo. Que se divertem, tem amigos, querem ter uma família, um trabalho, que vivem medos, paixões, amores e alegrias tão quanto uma pessoa hetero tida como normal pela sociedade. E principalmente que podem estar mais perto de você do que você imagina e isso não ter sido percebido porque esta pessoa não aparenta ser, ou seja, não possui nenhuma aproximação com o estereótipo “caracteristicamente” homossexual.

Deve-se parar de pensar nas rotulações, afinal, como disse antes, todos somos diferentes, mas acima de tudo somos pessoas e pessoas não devem ser julgadas ou rotuladas.

Acima coloquei minha opinião sobre o assunto, aqui abaixo coloco um link de um site aonde se encontra um artigo muito interessante sobre estereótipos que vale a pena ser lido.

http://www.armariox.com.br/conteudos/artigos/002-estereotipos.php

Imagem de Deus



Ok! Confesso que este é um assunto hiper delicado, mas deixo claro a todos, não vou aqui tentar explanar sobre como Deus é, afinal, seguindo a linha de onipresente, acredito que a figura física de Deus está em tudo a nosso redor, desde o mais simples ser vivo até o mais complexo de todos, nós os homens.

Quando digo aqui a Imagem de Deus, quero dizer a imagem passada Dele, me deixem ser mais clara no que estou me referindo: Como Deus é visto por todos.

Desde os tempos mais remotos, Deus, no caso da religião monoteísta na qual se figura um só ser supremo, é visto como o criador de todas as coisas, um Ser Celeste que prega a bondade, o respeito e o amor entre todos os seres por ele criado, mas se entrarmos a fundo nessa questão veremos que essa imagem figura mais no abstrato que no concreto da vida humana. Vou explicar mais detalhadamente o que quero dizer.

As mais variadas religiões pregam a imensa bondade de Deus, mas também sua inteira desaprovação diante de várias questões. Mas aí vos pergunto: Se Deus nos deu o livre arbítrio, se temos o direito de escolha e Este é bondade e amor, por que Ele é mostrado como um Ser sem compaixão e até certo ponto Sádico?

Eu sei, vão dizer que peguei pesado, que não é assim, que as religiões são meios de nos aproximar de Deus, que elas servem para trazer a vontade Dele até nós etc.

Mas se é assim, por que inúmeras pessoas, utilizando a imagem Dele e as coisas ditas através da religião, cometem barbaridades contra seus semelhantes, contra a natureza e contra si próprios?

Vamos ser sinceros conosco, Deus é muitas vezes “pintado” como um ser cruel e sem o mínimo de compaixão pelas religiões, para não ser tão injusta assim, vou dizer pelas pessoas que comandam (regem) as religiões e são responsáveis por trazer a palavra Dele até nós.

A desaprovação aos homossexuais, a submissão feminina, as guerras santas, a segregação racial, os atentados terroristas, entre outras coisas bárbaras feitas em nome de Deus, são coisas que justificam o que quero dizer.

Eu, em minha opinião, não vejo Deus escolhendo entre heterossexual e homossexual, entre homem e mulher, negro ou branco etc. Se todos somos seus filhos, se somos sua imagem e semelhança e fomos criados por Ele a um único propósito de amar uns aos outros como a nós mesmo, e fomos feitos com todas essas diferenças, então meus caros, NÃO SOMOS PASSÍVEIS DE SERMOS JULGADOS PELO QUE SOMOS ainda mais se esse julgamento for feito pelos homens.

A imagem passada a nós de como é Deus, a meu ver, é equivocada e errada, Deus é amor, respeito e compaixão, não ódio, preconceito e crueldade. A partir do momento em que passarmos a seguir (pregar) o respeito mútuo, o amor incondicional e a tolerância, aí sim acredito que estaremos nos aproximando da VERDADEIRA IMAGEM DE DEUS.