Sobre mim



Sarah,
Uma pessoa que ama escrever e se questiona sobre tudo. Passa a maior parte do tempo pesquisando e observando todos os detalhes a sua volta e sempre vive com a famosa interrogação na cabeça.
Não encara tudo como um desafio, mas sempre se desafia a pensar e buscar melhor se esclarecer sobre todos os assuntos, sabe que não chegará a responder nem 10% dos seus questionamentos, mas tem certeza que tentará alcançar essa marca simbólica.
Cobro-me demais, vivo esperando pouco (ou quase nada), mas gosto de ajudar a todos, às vezes me vejo perdida e até sem paciência, mas que nunca perde a esportiva e nem a alegria de viver.
Ironia e sarcasmo são qualidades consideradas fundamentais, mas também não dispensa o bom humor e o drama. Tímida e que cora fácil, tem isso como um pequeno defeito, mas que no momento apropriado se transforma numa bela arma.
Para os amigos o ombro de todas as horas, para os colegas o quebra galho que sempre dá um jeitinho, para os conhecidos a mocinha quieta do fim da rua, para os que só vêem passar a menina séria e arrogante e para os que ainda vão me conhecer a incógnita.
Um personagem que trás ao mundo o lado de uma moça sonhadora e calma do interior desse Brasil, uma máscara que puxa para fora de um apertado armário uma mulher de sorriso bobo e jeitinho brejeiro que poucas pessoas imaginam ser assim.
Que mostra ao mundo uma mulher forte, questionadora, honesta, lutadora e que acima de tudo tem orgulho de ser quem é. Uma lésbica apaixonada e que busca sempre e sempre crescer.
Quem sou?
Sou simplesmente Sarah.

Me resumo em um poema:

"Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.
Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...
Sinto crenças que não tenho.
Enlevam-me ânsias que repudio.
A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta
traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,
nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo.
Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos
que torcem para reflexões falsas
uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor,
eu sinto-me vários seres.
Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente,
como se o meu ser participasse de todos os homens,
incompletamente de cada (?),
por uma suma de não-eus  sintetizados num eu postiço."
Fernando Pessoa

Podem gostar de...

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...